sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

sabores, aromas e ventos

Sim. Aquele lugar era de muito tempo atrás. Lugar que ficou da minha memória mais profunda e antiga. Era pra lá que eu ia quando precisava me refugiar.
Aonde vc iria se estivesse triste? Aonde vc iria se estivesse feliz? Lá.
De lá eu via o imenso, o grande mundo, o grande mar. De lá eu via eu mesma dando voltas na minha solidão. E de lá eu via eu mesma na minha mais profunda solidão acompanhada.
E da lá eu continuo me vendo, ainda como menina, esperando que a solidão se complete de sabores, aromas ventos. E eu insisto em preencher essa solidão que me faz gostar mais de mim.
A menina que manchava os lençóis, as toalhas, as paredes. A menina que continua manchar a alma que não quer macular. Por mais que ela se embriague, se derreta, se consuma, se doa [do verbo doer], ela sempre terá ele pra lembrar.

4 comentários:

mauro camargo disse...

estamos sempre esperando alguma coisa que se complete... alguma coisa que nos complete, mas, ai de nós, que nunca queremos que o completo seja pra sempre...

Sandra Knoll disse...

é mesmo, Mauro.

Rita Martins disse...

Entrei, já dei uma fuçada rápida, sonolenta. Volto mais acordada. Gosto das palavras pensadas, sentidas, construídas, praticadas com sensos, com estética. Adoro escrever e persigo essa premissa. Aprecio os casos, causos, acasos e ocasos escritos por outros. A palavra é - quase - tudo.

Sandra Knoll disse...

Obrigada Rita...bom saber do seu gosto pelas palavras. beijos querida.