domingo, 13 de dezembro de 2009

Cólicas de amor




Ele tinha amor pelo amor que tinha. Suava e sentia frio cada vez que pensava no vazio que tinha ficado a sua vida. Os caminhos já não iam pro mesmo lugar de antes e a sua vida durou uma eternidade naquele dia.
O amor pelo amor é assim, dura eternamente e lança o seu protagonista ao Evereste assim como o derruba no mais profundo e tenebroso abismo.
Nada se pode fazer a não ser chorar junto quando ele acaba.
Essa dor vem em cólicas, melancólicas e bucólicas. Vai ver é isso...essas palavras que exprimem tristeza terminam em cólicas por isso. É uma dor que dá uma trégua pequena, necessária para que não surtemos. O surto vem e passa. E vamos conseguindo respirar de vez em quando e enxergar lá no fundinho uma vela cambaleando.
Depois ele dorme e pensa que foi um sonho e, quando acorda, se dá conta que a dor está ali, do seu lado, inseparável. Todos os dias ele pensa que amanhã será outro dia e que vai acordar desse pesadelo. Um dia vira sonho e no outro nem mais sonho é. Quem sabe ele acorde um dia e nem lembre mais do amor que ele tinha pelo amor.



sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Claro, natural

Existe uma incoerencia no meu ser de hoje

Acho que perdi um pouco de mim nestes tempos e nem sei se isso é bom ou ruim. Não sei se perdi por opção ou pelo desgaste do tempo. Talevz tenha perdido pela falta dele, do tempo. Quem sabe não, tenha sido pelo medo.

Sinto-me traindo a mim mesma.Sinto-me negando a mim mesma o que é de mim.

Não devemos economizar, pois se é mais autêntica quanto mais se parece com o que se sonhou para si mesma.

sábado, 12 de setembro de 2009

Dois Amores e um Bicho


Em breve no seu Teatro!


                                      

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Uma poesia de poesia

Dois...
Apenas dois.
Dois seres...
Dois objetos patéticos.
Cursos paralelos
Frente a frente...
...Sempre...
...A se olharem...
Pensar talvez:
“ Paralelos que se encontram no infinito...”.
No entanto sós por enquanto.
Eternamente dois apenas.

(Pablo Neruda)

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Por que eu sempre volto?

Por quê? Por que que eu sempre volto?
Não nos é dado mais o direito do sonho. Sonhar é quase uma utopia nos tempos de hoje. A casa no campo, os amigos, o tempo de fazer nada... O tempo de espera... O tempo urge! O que você não fez hoje não terá mais tempo pra fazer amanhã. E aí, 24 horas passam.
Ele puxa o cobertor durante a noite e vê ao seu lado a ausência. Tem dias mesmo que nem mais a sente por perto.
Não nos é dado o tempo de semear. Os frutos vêm prontos e enxertados. Tudo embalado hermeticamente pra não dar trabalho.
Eu volto porque preciso. Não porque eu quero! Às vezes acho chato voltar, mas quando vejo que é a única coisa que ainda posso fazer por mim, não tenho escolha.
A outra porta t aberta, mas mesmo assim eu fico.. Finjo que vou sair que não quero mais. Eu só finjo. Eu preciso ficar. O que seria de mim se eu saísse?
Eu preciso desse sonho, dessa utopia, desse encontro com o que não é real. Eu preciso ser esse que ainda tem o que falar e o que discutir. Se eu não tivesse mais isso seria um degenerado.

quinta-feira, 26 de março de 2009

A Casca

Sentou-se no sofá para comer a pêra e começou a descascá-la. Nunca gostou muito de comer a fruta com a casca. Pouquíssimas frutas ela se permitia comer com a casca. Jamais comia uma fruta gelada, a não ser ameixa... essa sim, ia gelada e com casca. Cada fruta que descascava era de uma desigualdade que a cada vez, esquecia como fazia. Algumas realmente eram sem graça de fazer. Mas hoje era a pêra. E ela, a pêra, tinha um gosto tão amargo na sua superfície que conseguia destruir com o seu paladar.
A TV ligada, uma 15 polegadas que não dava para distinguir Ronaldo de Ronaldinho. Mas o jogo rolava na telinha. Ela não conseguia muito bem engolir os pedaços grandes que cortava coma faca de serra que ia aos poucos, consumindo mais de um quarto daquela pêra suculenta.
Automaticamente ia degustando e tentando pensar nos dias que estavam sucedendo.
Três semanas de eterna mudança. Três semanas em que tudo estava meio virado de perna pro ar.
Ela não queria de novo o acordar assustada e com o coração opresso. Somente queria deitar e dormir e esquecer os danos daqueles dias. O tempo voltava em rajadas, fazendo as voltas de uma enorme e circular ciranda que girava num entardecer morno. Os dias gritavam seu silêncio ensurdecedor e nocivo. Os abalos sísmicos se acalmavam no seu interior.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Fracasso

Eu como blogueira sou um fracasso! verdade. Meu amigo Daniel (www.chicolinguica.blogspot.com) me indicou em uma brincadeira e eu ainda não consegui dar continuidade a rede.
O negócio é o seguinte: Ele me indicou numa brincadeira que se chama meme selo na qual vc tem que contar seis particularidades suas e indicar seis amigos que tenham blog a fazerem o mesmo. Bom, eu não consegui tempo ainda pra pensar em seis coisinhas minhas e como não quero quebrar a corrente vou tentar postar pelo menos duas de cada vez mudando um pouco as regras.
Abaixo seguem os links das pessoas blogadas as quais eu indiquei e também as regras que não podem faltar:

http://andresknoll.blogspot.com/
http://cubacheiro.blogspot.com/
http://lomasstoff.blogspot.com/
http://sombrapensante.blogspot.com/
http://soneia.blogspot.com/
http://barbara-damasio.blogspot.com/

As regras:

- Colocar o link de quem te indicou para o meme-selo;
- escrever essas 5 regras antes de seu meme para deixar a brincadeira mais clara;
- contar seis fatos aleatórios sobre você (essa é a proposta da brincadeira);
- indicar seis blogueiros para continuar a brincadeira;
- avisar esses blogueiros que eles foram indicados.

1) Bom, quando eu era pequena eu e meus irmãos estávamos brincando de arrumar defeitos uns nos outros. Coisa de criança sabe! Então logo eu descobri que minha irmã tinha orelhas de abano. Meu irmão tinha nariz meio largo devido a uma cidente que nem lembro pois acho que era muito pequenininha. Então, depois de muito tempo semconseguir descobrir nenhum defeito em mim acharam um dedo minimamente menor do meu pé direito. O dedo do meio. e depois disso não consegui mais usar sndálias abertas e ficava o tempo todo escondendo o pé na areia da praia.

2) Outra de quando era criança: Minha mãe colocava a gente eu e minha irmã sentadas no chão de um quartinho depois a jnta e dava uma laranja pr nós chuparmos.Numa dessas minha irmã pra sacanear comigo disse que tinha colocado semente de laranja no nariz e que era muito bom. lógico que eu fui experimentar, né? adivinha: fui levada ao hospital pra tirar o caroço da laranja de dentro do meu cérebro. Essa historia ja rendeu muitas risadas.

Próximo post eu conto outras duas.

beijos

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Segunda-deira 9 de fevereiro de 2009

A vida muda da tarde pra noite. Uma ligação, um telefone que toca, um sei lá o que acontece.
- Não vai dar pra ir, vou amanhã.
- Ah tah... tudo bem. Pode ser.
Isso mesmo. Tudo muda. Ela de repente se vê lá. Compulsivamente foi. Nem ao menos sabia como tinha ido parar lá. Buscou se arrumar, pintou os olhos( e nem sabia que podia borrar a maquiagem com seu choro), prendeu o cabelo pois intencionava lavá-los somente a noite. Mas ela não sabia que se arrumava para o grito de liberdade. Porém,ela não precisou gritar. Quando viu estava lá, frente a frente. Deixou os livros, a máscara e sua única lágrima. Abraçou como se sentisse agardecida por ter sido rejeitada. Os óculos escuros foram mantidos desde sua trajetória de retorno. Era para se acaso precisasse chorar. Não foi necessário.
Havia sido aquela sua úlitma lágrima.
Comemorou com os restos que havia na geladeira. Os restos que continham a dignidade da sua liberdade.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Ensaio sobre a Velhice

Olá!

Como prometi to postando algo novo depois de um longo período de estiagem.


Essa história aconteceu recentemente comigo. Estava na casa da minha mãe e estava lá minha tia, irmã dela mais nova que sempre foi tida como uma pessoa meio maluquinha e por isso às vezes amada e às vezes odiada pelo resto da família. Minha mãe tem 75 anos e penso que essa tia deva ter uns 70, por aí. Estes últimos tempos ela (mãe) tem estado muito doente decorrente de um problema de articulação que está sofrendo, apesar de ser uma mulher muito forte. Ela então falava das suas dores, dos remédios, da cirurgia que vai fazer e tal e coisa e minha tia ao meu lado querendo falar e perguntar coisas pra mim que nada tinham a ver com o assunto. Então, pra dar atenção à minha mãe, motivo da minha visita à ela, falei que andava tb com algumas dores nas articulações da mãos e que deveria ser uma coisa meio de família e que por isso deveria me cuidar logo. A tia que nem prestava muita atenção, ouviu meu comentário sobre as mãos, já que eu mostrava elas pra minha mãe, então veio e me perguntou: -
-O que tu tens nas mãos?
Eu respondi que devia ser uma artrite ou coisa parecida e que devia ser meio genético já que minha irmã mais velha também tinha estas dores.
Ela me respondeu com a pergunta que foi uma das coisas mais fantásticas que eu já ouvi estes últimos tempos:
- Pois é, será o que eu vou ter quando ficar velha????

Estou até hoje aprofundando essa história dentro de mim!

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

ressurgindo

Olá pessoas,

Andei sumida da vida internética e blogueana pois as férias me tomaram um tempo incrível. Dá trabalho tirar férias...ou melhor, dá trabalho voltar ao trabalho.
Ainda sem nenhuma grande inspiração pra escrever, apesar de ter matutado coisas demais por estes dias. Assim que conseguir botar ordem nos pensamentos vou fazendo aqui a materialização deles.
Bom começo de ano a todos e muita paz.