Há uma linha que a divide ao meio deixando-a à mercê do corte. A Lâmina é fria e há que se ter cuidado para não sangrar demais. Há que se cuidar para que o corte não seja profundo e que não deixe marcas ou cicatrizes irreversíveis.
Era feliz assim, mas não sabia a densidade da lâmina que corta, que perfura e fere o tecido virgem da sua etérea carne.
E as mãos que pretendem percorrer sua alma devem ser suaves e densas, frenéticas e calmas, tranqüilas e nervosas, tocando os seus sentidos inversos e sem medidas.
Não quer suavizar o medo. Há que se ter medo sim. Quer impressa a saliva alheia na sua ferida aberta e que toque profundo na sua tosca dor.
Tosco é o amor que não se deixa sangrar.
(Sandra Knoll)
5 comentários:
Knoll, valeu pela visita! Enzo é um terreno fértil para devaneios escritos! Uma lenda!
Quanto ao poste aqui,estas suas palavras são mesmo cortantes!
bzitos
E depois da cicatrização saber que a carne já está pronta para sangrar novamente...
Helinho, só o nome Enzo já causa estremecimentos...hehehe.Obrigada pela visita tb.
Môni...isso é igual a dor de parto,a gente sempre esquece.
beijos
"Tosco é o amor que não se deixa sangrar" ... ameiiii a frase. Arrisco até a pensar que o amor que não se deixa sangrar já deixou de ser amor. Gosto muito de passar pelo teu blog.
Jéssica
hummm...
não deixem as cicatrizes sumirem...
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