Todas as manhãs ela fazia a mesma coisa. Das fendas da janela escapavam uns raios de luz que avisavam que o dia raiava. O sono não a deixava romper a aurora e ela corria a se aninhar no fundo da cama.
O sol se cansava de avisar que o dia já estava ali. O sol agora não brilhava mais. Ele se acostumava com a permanência.
E a menina permanecia na cama abraçada ao abraço que a mantinha ali. Os braços que a apertavam eram macios, suaves...
A menina cai da cama num salto...o sol se assusta com o seu pulo e derrama na toalha da mesa o seu raio. A menina corre. Pula os passos leves no chão frio da sala que ainda dorme.
A menina com ciúmes do sol, derrama também sua marca na toalha de mesa da sala que até então dormia. A toalha segue os dias lembrando que a menina esteve ali.
6 comentários:
E a menina, deixou de ser menina para ser uma moçinha... Muito legal, Sandra! Adorei pacas! Pacas? Meu deus, continuo antigo!
proponho um novo conceito para esse seu texto... de surreal para "sun real"... sun realidade... pura sonoridade... puros raios de sol que deixam marcas e desenham no diário de menina segredos e misterios da manhã que esta por vir...
The Flash?! hehe! Que nada Sandra, sou apenas um vento passageiro que sopra por entre vocês!
ai que tudo...
sempre os rastros pela casa... adoro esse tema...
beijunda
eu tava lembrando disso... como foi legal você ter aparecido aquele dia!
e também nosso encontro casual em Cabeçudas, no voto!
saudade
bjones
Que texto lindo...
Muito, muito bom...
Não só esse, como outros que já li...
Vou dar uma viajada pelo teu blog e pela tua linda poesia...
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