sexta-feira, 30 de maio de 2008

Abra seu coração ou eu arrombo a janela

Tudo bem, na verdade não é bem isso. É que eu ando um pouco "agressiva".
Mas eu juro que to tentando me deter...

sábado, 24 de maio de 2008

No sofá


Naquele sofá, deitada, nada podia comprometê-la. Entra e sai, conversas, risadas e ela lá, impassível no seu silêncio.
Pensou em como seria tudo diferente se ela não estivesse ali, naquele estado.
Ainda não conseguia entender como o silêncio era perturbador. Mas ela também queria o silêncio.
Não, ela não queria o silêncio, ela queria aquele estardalhaço da vida gritando que ainda era tempo de fazer algo. O silêncio era somente o que havia sobrado.
Lembrou da última vez que algo lhe incomodou... e a única lembrança que teve eram seus olhos verdes.

domingo, 11 de maio de 2008

a incrível capacidade de cortar que certos corpos possuem

Há uma linha que a divide ao meio deixando-a à mercê do corte. A Lâmina é fria e há que se ter cuidado para não sangrar demais. Há que se cuidar para que o corte não seja profundo e que não deixe marcas ou cicatrizes irreversíveis.

Era feliz assim, mas não sabia a densidade da lâmina que corta, que perfura e fere o tecido virgem da sua etérea carne.

E as mãos que pretendem percorrer sua alma devem ser suaves e densas, frenéticas e calmas, tranqüilas e nervosas, tocando os seus sentidos inversos e sem medidas.

Não quer suavizar o medo. Há que se ter medo sim. Quer impressa a saliva alheia na sua ferida aberta e que toque profundo na sua tosca dor.

Tosco é o amor que não se deixa sangrar.