terça-feira, 20 de abril de 2010

Mais uma de Dirceu Borboleta

Mais uma de Dirceu Borboleta

Ontem, segunda-feira, na sede da SETUR, local onde designado às reuniões do COMUC – Conselho Municipal de Cultura da cidade de Itajaí aconteceu mais uma das tantas barbaridades e desmandos que a nossa cultura vendo sendo vítima.
Às 11h da manhã quando abri meus e mails, vi que tinha uma convocação para a posse dos novos conselheiros bem como votação da nova diretoria. Eu, como conselheira do setor teatro e circo, fiquei abismada com a rapidez com que tudo aconteceu. Liguei para o presidente interino Renato Seara para confirmar essa notícia e ele me disse que também não estava sabendo e foi conferir. Realmente estava lá. Então ele me contou o que havia acontecido.
Ele havia avisado a secretária do conselho na semana passada para ela fazer a chamada na terça feira, porém, ela abriu seus e mails somente nesta segunda-feira e encaminhou o pedido. Entretanto, o tempo hábil para essa convocação foi insignificante, já que, o próprio superintendente Age Pinheiro havia faltado à reunião da semana anterior com a desculpa que não havia visto seus e mails naquele dia – e olha que o e mail da reunião da semana passada nem tinha sido postado no dia e sim alguns dias antes.
Enfim, fui à reunião pensando que seria mais uma reunião na qual poucas pessoas estariam presentes e, então, seria deliberado que teríamos uma semana para nos preparar para a eleição, já que havíamos nos colocado a disposição para montar uma chapa.
Dito e feito. Cheguei lá o que encontro? A sala repleta de membros que eu nem conhecia - todos os membros do governo arrumados e perfumados para a eleição.
Isso começou a cheirar mal. O conselho é paritário, 14 conselheiros do governo e 14 da sociedade civil, ou melhor, artistas da comunidade. Tínhamos os 14 membros governamentais – porque é claro, todos foram convocados e não por e mail, mas com certeza, por telefone e sem dúvida, pelo S. Superintendente. Coisa rara, aliás, pelo depoimento indignado do ator Valentim Schmoeller “Participo há três anos desse conselho e nunca vi tanta gente do governo como hoje”. Já deu pra entender não é? Não? Eu explico. Seria assim como: vamos enfiar goela abaixo essa eleição em vocês. Bom, foi isso que aconteceu. A maioria burra venceu. Aliás, depois de tanta balela, retirei a chapa que havíamos feito há dois meses a qual era para ser de consenso, pois não havia ninguém na época querendo pleitear essa bucha. Sim, bucha. Digo isso pois, um trabalho voluntário ( para quem não é do governo, diga-se de passagem) com tanta responsabilidade, só pode ser bucha. Mas uma bucha pela qual estava, estou e estamos e querendo lutar. Estamos pois tenho o aval dos meus companheiros de classe e só por isso aceitei a incumbência. Retirei a chapa, pois, na hora houve a desistência da Anne Fernandes, nossa diretora da casa da cultura que havia se comprometido em ser secretaria dessa chapa. Ou seja, amarelou. Isso mesmo. Ela ainda veio com um discurso bonito que não estava lá para ser votada e sim para votar. Pois bem. O governo amparando todas as irregularidades através do Sr. Jucélio, funcionário da Fundação Cultural de Itajaí, que, para os problemas que estavam aparecendo ele sempre dava um jeito de dizer que estava “dentro da lei”. Dentro da lei um nome que saiu errado na nomeação de uma das câmaras setoriais. Dentro da lei uma pessoa contratada pelo governo fazendo parte de uma câmara não governamental. Tudo isso acontece sim, na cidade de Itajaí, ou melhor, poderíamos chamar de Sucupira, isso mesmo, a cidade fictícia do referido Dirceu Borboleta. Tudo dentro da lei, mas tudo fora da moralidade.
Vejam bem minha gente. Uma eleição que poderia ser impugnada só por estes dois motivos. Mas não, muitos membros da sociedade civil, ou seja, artistas, pediram ao Senhor Superintendente Agê Pinheiro, um também artista que inclusive já quis pichar a fundação cultural em outras épocas. Mas foi isso que aconteceu, ele próprio não deu voz à classe que um dia ele pertenceu e que, quiçá, ainda venha a pertencer, Pois é. O Sr. Agê Pinheiro, superintendente da fundação cultural de Itajaí, não deu ouvidos novamente a classe da qual ele veio.
Mas isso não me surpreende numa cidade onde temos tantas dessas acontecendo. Não vou me alongar tanto pois, creio que todos devem estar enojados com tanta falta de caráter e moral.
Senhor Prefeito Jandir Bellini. O Senhor Está sabendo disso tudo? Leia o jornal, se informe com seus assessores....ah, desculpa, acho que eles não querem lhe incomodar com coisas tão insignificantes provenientes da cultura, não é? Mas se não temos cultura, teremos o que?

Sandra Knoll
Presidente da rede Itajaiense de Teatro
Conselheira da área de Teatro e Circo – COMUC
Artista indignada!