sábado, 24 de maio de 2008

No sofá


Naquele sofá, deitada, nada podia comprometê-la. Entra e sai, conversas, risadas e ela lá, impassível no seu silêncio.
Pensou em como seria tudo diferente se ela não estivesse ali, naquele estado.
Ainda não conseguia entender como o silêncio era perturbador. Mas ela também queria o silêncio.
Não, ela não queria o silêncio, ela queria aquele estardalhaço da vida gritando que ainda era tempo de fazer algo. O silêncio era somente o que havia sobrado.
Lembrou da última vez que algo lhe incomodou... e a única lembrança que teve eram seus olhos verdes.

Um comentário:

gregory haertel disse...

no fim, o que nos sobra é o silêncio. e isso não é necessariamente ruim. beijos, sandra