sábado, 12 de abril de 2008

Ensaio sobre Lúisa

Andei coibida da escrita. Temperamento solto vagando por aí.
Me deu uma vontade louca de escrever tudo com h no meio, na esperaça de reaver, talvez, o tempo de soltar pipas.
Durante dias pensei na forma exata de encaminhar tudo, de segurar o tempo, de blasfemar contra a sorte. Durante dias esperei o telefone tocar pra me tirar dessa angustia que é viver por viver. Cheguei a ouvir ( ler) que eu deveria me amar mais...(pra quê?) eu me amo o suficiente!
Fiz e refiz várias canções, tentei acreditar nelas, dancei, ensaiei, comi, fui ao teatro, andei de carro com os vidros abertos pra bagunçar muito os meus cabelos que pretendo cortar.
Sonhei, tive insônia ( como agora) cozinhei, enjoei, fiz regime...pedalei 9 Km em 20 minutos e me senti cansada por isso. Falei pouco, houvi muito, mas sem prestar atenção naquilo que era dito. Somente viajei nas coisas e no momento que penso poderia ter durado muito mais. Mas o tempo é assim, sempre ali pra dizer que ja se passaram 18 hs do dia e que ele está se esgotando.
Corro pra casa pra ele passar mais rápido, pro outro dia chegar e eu tornar a esperar o telefone tocar. Alguma coisa apenas.
Um velho casaco desmanchado e o novelo caído ao lado da cadeira. A promessa de não mais desmanchá-lo.

3 comentários:

Daniel Olivetto disse...

que liiiinnn...

isso chama lucidez? ódiaaa...

lóviúxuxu

mauro camargo disse...

e por acaso o telefone não tá no mudo?

Anônimo disse...

texto lindo.

é nessas horas que a gente quer mudar de planeta né?

essas horas = cada periodo do diae da noite em que existimos.

bjonzon!!!!!!!!!!!!!!